sábado, 2 de janeiro de 2010

Nu v(i)olante...



Agarro-me ao teu corpo sem licença de condução verbal...

...introduzo-me na chave de um movimento abrupto...

...encaixo-me no toque da pele do teu assento...

...respiro na combustão do teu nectar que arde por fricção



Mão firmes ...nu v(i)olante...

...guio-te, conduzo-te...

...reduzo-te nos manipulos salientes do teu painel


Travo-te pelos fios soltos da cabeça do motor...

...tuas marcas bruscas em guinchos deitados no asfalto...

...(es)palmado nas tuas rotações meto o prego a fundo


Acelero-te...desgasto-te...canso-te...

...na linha vermelha invertida abasteço o teu deposito...

...vertes o teu oleo mineral em reação mecãnica...

...no exausto(r) fumo humido de radia(nte)dor


Em excessos de voracidade...

...aspiro-te, lavo-te, seco-te...

...espalho-me em enceradelas a puxar lust(ro) na tua pele...

...pronto a andar em curvas e contra-curvas...


...manobro-te na minha vontade vertiginosa!!
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